A criação de peru é um hábito muito comum nas comunidades rurais do município de Igaci, no agreste de Alagoas. Nesta época, as aves representam renda extra e também mesa farta para receber os amigos.
As aves fazem parte da vida dos agricultores José e Maria desde que eles se casaram há 17 anos. No dia da cerimônia, eles ganharam de presente um casal de perus. Desde então, nunca deixaram de criar as aves.
Hoje em dia, eles possuem na propriedade, que fica no agreste de Alagoas, 14 perus. São machos, fêmeas, novos e adultos. A venda das aves ajuda na renda da família.
Um peru adulto custa entre 60 e 70 reais e o macho mais velho já está encomendado. A família de perus não para de crescer, já que a fêmea está chocando oito ovos.
Os perus são criados soltos, ao lado das galinhas. O milho é a primeira refeição do dia. Depois as aves ficam soltas pelo terreno a procura de alimento. É desta forma que elas conseguem o peso ideal para ir para a panela.
“Depois de um ano e meio chega a pesar até oito quilos. Dá muito trabalho, mas dendê mais”, garante José Soares, agricultor.
Dona Maria, outra moradora do povoado, também cria um peru. A intenção dela não é vender a ave, mas presentear os parentes que chegam de longe para rever a família. Ela garante que no Natal e no Ano Novo o peru ainda estará por lá, mas ao chegar janeiro, o destino dele está selado. “Ele está bem pesadinho, aí a idade dele é de um ano e meio por aí. Ele está muito bom de comer”, acredita Maria José Oliveira, agricultora.
Em uma vasilha, Marinuza serve um pirão preparado especialmente para os perus mais novos. O objetivo é fazê-los crescerem saudáveis e ganharem peso para ficarem iguais aos machos adultos. A produção é numerosa e garante a ceia de fim de ano da família e dos vizinhos. “Sempre a minha família vem. Quando chega um amigo de São Paulo eu ofereço um para o pessoal comer por aqui. Eu dou”, conta Marinuza Santos Ribeiro, agricultora.