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Resíduos

Resíduos na carne prejudica empresas

<p>Técnica do Departamento de Garantia de Qualidade da Marfrig, Fabiana Steffani, fala sobre ações de prevenção contra contaminação por resíduos de antibióticos na carne de frango.</p>

Durante sua palestra na conferência internacional “Microbiologia e Drogas Veterinárias em um Contexto Global” – realizada pela Eurofins, nos dias 28 e 29 de outubro, em Indaiatuba (SP) -, Fabiana Grigoletto Steffani, do Departamento de Garantia de Qualidade do Grupo Marfrig, focou a prevenção da ocorrência de resíduos de antibióticos na carne de frango.

Steffani explicou que a origem dos resíduos pode ser química, física ou biológica. Entre os riscos químicos estão as drogas veterinárias, produtos utilizados na agricultura e contaminantes ambientais.

Uma das principais barreiras comerciais para a comercialização da carne de frango gira em torno das drogas veterinárias. O uso intensivo, altas dosagens, instrução incorreta e prazo de validade vencido são as principais causas da ocorrência de resíduos de antibióticos. “A empresa pode sofrer prejuízos consideráveis no caso desse tipo de resíduo ser encontrado em seus produtos, além da perda do mercado e da credibilidade”, alertou a especialista. 

Segundo a palestrante, as técnicas de avaliação se aprimoram a cada dia. “Cada vez mais as técnicas analíticas de detecção são melhoradas e quantidades ínfimas são detectadas”. 

Para prevenir a ocorrência desses resíduos, na prática, Fabiana explica que a equipe técnica da empresa deve conhecer com profundidade as legislações dos países consumidores. “Caso seja vendido partes de uma mesma carcaça para diferentes mercados, deve-se utilizar os padrões mais exigentes”, explicou, mencionando alguns nomes de antibióticos proibidos em vários países.

Em sua apresentação, Steffani também ressaltou a importância de questões antissabotagem, auditorias internas de verificação e implantação de planilhas de verificação.

Entre as ações do abatedouro estão:

– Declaração do uso ou não uso das referidas dosagens e prazos de carência;
– Possuir plano de amostragem que contemple os princípios ativos das drogas que são de uso permitido na criação;
– Realização as ações previstas no plano APPCC.

Fabiana acredita que dentro da empresa, as equipes técnica e produtiva devem ter conhecimento da análise de risco para todas as drogas utilizadas na produção. “Os produtores integrados devem utilizar somente os medicamentos prescritos e fornecidos pela empresa”.