O ramo de inseticidas é a nova aposta da multinacional americana DuPont para ganhar terreno no segmento de defensivos, nos mercados global e brasileiro. A empresa desenvolveu uma nova molécula – que no país será formulada em dois produtos – e, com ela no portfólio, a expectativa é de aceleração do ritmo de crescimento nesses negócios.
Segundo Marcelo Okamura, diretor de marketing da DuPont Produtos Agrícolas no Brasil, os negócios da empresa nos segmento de defensivos em geral cresce 19% ao ano nos últimos cinco anos. Em 2008, seu faturamento na área somou US$ 500 milhões, enquanto o mercado brasileiro total movimentou cerca de US$ 7 bilhões, conforme o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag).
Segundo os cálculos da entidade, as vendas de inseticidas representaram US$ 2 bilhões no total apurado em defensivos. No segmento, os herbicidas são o carro-chefe, com faturamento da ordem de US$ 3 bilhões em 2008.
“Esta nova molécula faz parte de uma família química descoberta há oito anos, resultado de investimentos em pesquisas que hoje alcançam US$ 700 milhões por ano. Trata-se de uma tecnologia ‘de ruptura’, mais eficiente e de baixa toxicidade”, afirma Okamura. Os produtos feitos com a molécula – já aprovada em 45 países – atuam no sistema muscular de pragas que prejudicam lavouras como soja, milho, arroz, batata, café e cana.
O desenvolvimento de novos produtos é fundamental para os grandes grupos multinacionais que atuam no mercado de defensivos, sobretudo em decorrência do aumento da concorrência de genéricos, especialmente os chineses. A patente dura 20 anos, mas normalmente as “novidades” levam quase dez anos para chegar ao mercado.