A sarna suína constitui-se um problema amplamente disseminado nos sistemas de produção mundial, em suínos de todas as classes, idades e condições. Seu agente etiológico, Sarcoptes scabiei var suis tem se mostrado presente nas criações a menos que tenham sido tomadas medidas para sua eliminação, aumentando na medida em que são empregados os métodos intensivos de produção.
Independente do grau de tecnificação do sistema de produção, as propriedades bem manejadas, com excelente esquema sanitário, não estão isentas dos efeitos desse parasito, causando inquietação e extremo desconforto aos animais, reduzindo a amamentação, além de interferir na produção de leite e depreciar a pele dos animais ao abate.
Os fatores mais significativos para o controle da doença são os custos com medicamentos e mão-de-obra, sendo a melhor estratégia adotada a aplicação de sarnicida somente após o diagnóstico laboratorial através da análise de amostras de raspado de pele. Tal medida apresenta-se com menor custo por animal quando comparada ao uso do produto injetável em todo o lote de animais.
Trabalhos desenvolvidos no exterior demonstram que o controle da sarna sendo realizado de forma racional pode permitir uma melhora do desempenho pelo ganho de 100g na conversão alimentar, o que é traduzido por uma redução de 8kg de alimentos para completar o crescimento de animais com média de 80kg (25-105kg).
Em animais de engorda, uma exposição precoce pode aumentar as perdas pela interferência na performance, mas haverá tempo para a regressão das lesões antes do abate, enquanto uma exposição tardia terá o mínimo efeito sobre a performance, mas resultará em severas lesões ao nível de matadouro, como por exemplo, o comprometimento da pele pelas lesões características de dermatite papular eritematosa.