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Mercado Externo

Alemanha sente impacto da proibição de gaiolas

<p>Após mudanças exigidas em 1988, produtores de ovos alemães têm que se adaptar à novo sistema de produção exigido pela UE.</p>

A indústria de postura alemã está preparando seus sistemas de produção para se adequar à nova legislação que impede o uso de gaiolas em série. Como resultado, muitos avicultores foram forçados a parar a produção, afirmou o representante da Lohmann Animal Health, Klaus Torborg.

O número de criadores caiu de 40 milhões para cerca de 33 milhões, e a auto-suficiência em ovos caiu de 70% para 55%. As importações aumentaram consideravelmente, principalmente da Holanda, que está convertendo seu sistema mais rapidamente

O cenário pode se assemelhar ao desastre Edwina Currie, em 1988, quando a coalizão do governo alemão, particularmente influenciado pelo Partido Verde, da ministra Renate Künast, selou o destino da indústria do ovo alemão. A Alemanha está fazendo sua parte para cumprir a nova legislação da UE, exigindo a instalação de novos sistemas três anos antes do exigido nos termos da lei. Mas, na mudança de 1988, quando os produtores tiveram que instalar outro tipo de gaiola, seus gastos não foram recompensados. “Os ovos eram simplesmente rotulados como de “Terceira Classe”, com o uso de gaiolas-padrão”, explicou Torborg.

Os produtores têm, portanto, feito grandes investimentos por causa do nível da demanda. Para receber os equipamentos em tempo hábil é uma questão de disponibilidade, preço e escolha pessoal. Outra grande influência na indústria foram os descontos oferecidos por redes de supermercado. “Os ovos produzidos em gaiolas estão sendo vendidos com 47% de desconto. Portanto, a maioria dos produtores do ovos, apesar de terem investido alto em gaiolas, terão que converter todo o sistema de produção”, ele disse.

Nas gaiolas em série, os produtores mantinham muitas aves e, se quiserem manter o mesmo número, também terão que investir em ampliação de terreno. Torborg sugeriu que os custos para conversão do sistema da granja seria de €20-22, por ave; €28-32 para adaptação a um novo local e €15-20 para ovos orgânicos. Os custos da produção, por ovo, seria 1 centavo para gaiolas, 2,4 pelo sistema de granja, e 3,5 para criados ao ar-livre, em comparação com as gaiolas.

No próximo ano, é previsto que 60% dos ovos serão produzidos em celeiros, 20% em gaiolas e 20% em sistemas orgânicos, explicou Torborg.

“O consumo de ovos anualmente na Alemanha, para uma população de 80 milhões, consome cerca de 207 ovos per capita. Na Grã-Bretanha, o número é de 172, mas, é provável que os números caiam pelo aumento da pressão sobre os preços”, destaca.

* Tradução Avicultura Industrial