A qualidade da cama influencia diretamente na produtividade avícola. A avaliação é da Médica veterinária e colunista do Portal Agrolink, Karina Ferreira Duarte. Ela explica que a composição da cama pode variar de acordo com o material utilizando, época do ano, idade da criação, dieta oferecida, manejo adotado e densidade. “Dermatites, ulcerações do cochim plantar e calos de peito, por exemplo, são afecções diretamente ligadas à baixa qualidade da cama”, explica.
A cama aliada a fatores como pH, atividade da água e temperatura, constitui um ambiente propício ao desenvolvimento de diversos grupos de bactérias. Dentre as mais comuns nas camas encontram-se em maior quantidade as bactérias aeróbicas e microaerófilas. Nos Gram-positovs e Gram-negativos destaca-se a Lactobacillus sp e Escherichia coli, respectivamente.
A colunista destaca fatores importantes para o manejo adequado da cama.
1. Tipo de material utilizado;
2. Pré-aquecimento: ajuda a remover condensação do piso;
3. Manejo durante a criação adequado: água, ração e condições ambientais;
4. Boa ventilação no interior do galpão;
5. Intensidade luminosa uniforme para estimular a distribuição das aves;
6. Atenção com o manejo de água: deve-se ter conhecimento do volume necessário para ajustar o fluxo e evitar vazamento dos nipples.
Karina explica que os materiais utilizados variam muito de época para época e de região para região, mas devem ter sempre características desejáveis quanto à maciez, capacidade de absorção, compressão, isolamento térmico, além de ser livre de fungos, não tóxicos e de baixo custo. “Uma cama de boa qualidade é importante para a saúde das aves e fundamental para o sucesso da criação, além de se constituir em ótima fonte de nutrientes para a agricultura”, afirma.