Avicultores paulistas estão otimistas com a recuperação de preços do frango. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o poder de compra dos produtores aumentou 20% desde o início do ano. Até agora, a produção estava sendo controlada como forma de buscar a reação dos preços e ter melhor remuneração em um ano que os investimentos em sanidade aumentaram.
No fim do ano passado, a crise financeira também atingiu a avicultura brasileira. O resultado foi queda nas exportações e o setor produtivo descapitalizado. Em São Paulo, três empresas precisaram parar as atividades e as outras reduziram em 20% a quantidade de frangos produzidos. A medida surtiu efeito em junho deste ano, quando os preços começaram a se recuperar.
Os números confirmam a reação. Segundo o Cepea, o preço do frango vivo subiu 17% desde o começo do ano em São Paulo. E não foi só isso que melhorou a situação para o avicultor paulista: o principal insumo usado na atividade, o milho, teve queda de quase 3%. O Brasil, terceiro maior produtor mundial, produziu 11 milhões de toneladas de frango em 2008. A expectativa é de números parecidos para este ano.
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Os produtores torcem para que as estimativas se confirmem, já que este ano estão tendo que investir mais na estrutura das granjas para se adequar a uma normativa federal. Até o fim de 2009, todas as unidades devem ter sistema de desinfecção de veículos, isolamento dos aviários com cercas e as telas internas precisam impedir a entrada de aves. Tudo isso é para manter o status sanitário que tem garantido ao Brasil o título de maior exportador mundial, enviando frango para 150 países. “Estamos nos adequando aos poucos, pois a situação financeira não está fácil. Mas sabemos que é importante fazer e, até dezembro, pretendemos estar com tudo pronto”, garante o produtor Edson Bassi.
