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Saúde Animal

Ebola na suinocultura filipina

<p>Cientistas observam mutação do vírus ebola em suínos nas Filipinas. É a primeira vez que o vírus é encontrado em outro animal que não o macaco.</p>

Pesquisadores filipinos e norte-americanos declararam que uma variação do vírus ebola está se espalhando em suínos das Filipinas, na última quinta-feira (9). Segundo os estudiosos, o risco é de que haja uma mutação do vírus, e ele se torne perigoso para seres humanos.

“O ebola em um suíno levanta preocupações sobre o potencial de surgimento da doença em humanos e em uma grande variedade de rebanhos”, escreveram os cientistas em um artigo na última edição da revista cientifica “Science”.

Os pesquisadores filipinos, em parceria com o centro de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos, realizaram testes com 141 pessoas. A avaliação confirmou que seis examinados, que trabalham diretamente com suínos ou com produtos suínos, tinham anticorpos do vírus ebola.

A constatação significa que eles podem ter sido infectados pelos suínos em algum momento, embora nenhum deles tenha ficado doente. O temor dos cientistas é de que o vírus possa sofrer mutação.

Apenas neste ano, as Filipinas já sacrificaram 6.000 suínos em uma fazenda no norte da capital Manila para prevenir a proliferação do vírus. É primeira vez que o ebola foi encontrado em outros animais que não macacos.

O vírus ebola, que se manifesta com febre, vômitos e diarreias hemorrágicas, adquiriu seu nome do rio Ebola, no noroeste do Congo, onde foi identificado pela primeira vez, em 1976, quando 280 pessoas morreram na localidade de Yambuku. Em 2007, também na região de Kasai Ocidental, a febre ebola matou 187 pessoas. Outro surto grave aconteceu em 1995 na localidade de Kikwit, onde morreram 245 de um total de 315 pessoas infectadas.

O ebola é altamente contagioso, e o tipo predominante no Congo, denominado Ebola Zaire, tem um índice de mortandade entre 60% e 90%.