Redação (13/11/2008)- Os criadores de suínos querem o fim da cobrança adicional de 2,3% de Funrural no abate de animais. Eles alegam que o fundo, destinado à previdência social no meio rural e fixado nos mesmos 2,3%, já é cobrado na compra de animais. O problema foi levado nesta quarta-feira (12/11) aos ministros da Previdência, José Pimentel, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. Ao mostrar indignação com a cobrança, Stephanes comprometeu-se a ajudar o setor.
De acordo com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto (PMDB/SC), a cobrança do imposto no abate, somado à crise financeira internacional, pode resultar em prejuízos para os criadores. “Temos que encontrar uma solução para evitar perda de renda e de empregos no campo”, disse.
Na opinião do presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, a proposta mais justa seria cobrar sobre todos os animais, mas somente no abate. “Assim evitaríamos a bi-tributação e a sonegação fiscal”, disse. Wolmir calcula que, em Santa Catarina, a arrecadação do tributo vai ter um aumento de cerca de 23 milhões de reais por mês”, explicou.
O presidente da Associação Goiana de Suinocultores, Eugênio Arantes, salienta que a baixa dos preços tem prejudicado ainda mais os suinocultores. Ele lembra que em 15 dias o preço por quilo do animal vivo passou de R$ 3.70 para R$ 2.70. “Os criadores estão pagando mais tributos e comercializando abaixo do preço de custo. A cobrança do Funrural na compra e no abate está causando grande impacto na cadeia produtiva”, frisou.