Redação (23/09/2008)- Um lugar próprio para estocar a colheita é uma garantia de que o produtor pode vender os grãos quando achar melhor. Com as previsões otimistas para as próximas safras, a construção de silos está se espalhando pelo Estado. O investimento é alto. Por isso, tem até agricultor se unindo para baratear os custos.
“Tendo produto guardado no armazém, você aproveita a época dessa sazonalidade. Quando tem menos oferta de produto o preço tende a ser melhor um pouco. Então, você consegue ter um ganho maior em cima disto”, disse o agricultor João Augusto Pelanda.
Negócios são fechados toda semana na fábrica de silos em Cascavel, uma das maiores do país. As vendas estão surpreendendo. Subiram 50% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Nós estamos vindo de dois anos sem tanta venda. E esse ano melhorou bastante”, comparou Flávio Bittencourt, supervisor comercial.
Foram investidos mais de R$ 2,5 milhões para comprar equipamentos mais modernos e contratar 150 funcionários para aumentar em 40% a capacidade de produção. Os 40 silos fabricos todos os meses são vendidos no Brasil e para mais de 15 países na América Latina e na África.
O momento é bom para todo o setor. Até as pequenas indústrias estão crescendo. Uma delas comprou cinco máquinas novas e aumentou o barracão para comportar o novo ritmo de produção.
Tanto investimento já tem reflexo na geração de empregos. Uma empresa da região contratou 18 pessoas só no último mês e ainda será necessário mais gente. Para atender a tantos pedidos a empresa precisa melhorar a produtividade do turno da noite. Para isso quer contratar mais 40 funcionários.
Está difícil encontrar candidatos. Falta mão-de-obra qualificada. Mas mesmo quem não tem experiência tem chance de ser contratado. O auxiliar de produção Marcos da Silva deixou de ser servente de pedreiro para ter carteira assinada e aprender uma nova profissão.
“O salário é melhor, com mais benefícios. Aí eu resolvi trabalhar nesse ramo. Para mim foi ótimo”, concluiu Silva.