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Preço sobe 25% em São Paulo com demanda aquecida

<p>A média do mês passado foi de R$ 59,69 por arroba (R$ 3,18/quilo) e, a de maio, equivalente a R$ 54,76 por arroba (R$ 2,92 o quilo).</p>

Redação (14/07/2008)- O preço pago ao produtor pela arroba do suíno vivo alcançou R$ 64, ontem em São Paulo (R$ 3,41 o quilo), e a tendência é de alta. Desde o início do mês de maio, quando se intensificou a reação de preços, a cotação do suíno reagiu cerca de 25% em comparação à de ontem, segundo levantamento da Safras&Mercados.

A média do mês passado foi de R$ 59,69 por arroba (R$ 3,18/quilo) e, a de maio, equivalente a R$ 54,76 por arroba (R$ 2,92 o quilo), conforme a Jox Assessoria Agropecuária. "O motivo principal dessa reação de preços é a alta de custos por conta dos preços internacionais das commodities", avalia Oto Jox, da Jox. A ração utilizada para a engorda é basicamente formada por milho e farelo de soja.

Outras causas que explicam a alta do suíno, além da escalada do custo, de acordo com avaliação de Rafael Palamar, consultor da Safras, é o bom desempenho das exportações e o aumento de consumo por conta da carne bovina mais cara. "Por conta do preço da carne de boi estar alto, alguns consumidores trocam de proteína, para o suíno", complementa. Oto Jox diz, no entanto, que não vê consumo exacerbado de suínos. "Acredito que a reação é resultado de custo alto basicamente. O consumo vejo nos mesmos níveis", opina.

Palamar, da Safras, lembra que, em maio, houve acréscimo significativo das exportações. Segundo a ABIPECS (entidade que reúne as exportadoras do setor), no mês de maio deste ano o Brasil exportou 59,09 mil toneladas – 17% superior a maio de 2007. No mês passado, o volume exportado totalizou 51,7 mil toneladas, crescimento de 2,77% a mais em comparação ao mesmo mês do ano passado.

Em valores, as receitas obtidas em maio e junho deste ano foram de US$ 167 milhões e US$ 147,4 milhões respectivamente. Um dos motivos para a intensificação das exportações foi o aumento de compras por parte de países como Argentina, Armênia, Bolívia, Hong Kong e Moldávia, entre os principais compradores do produto nacional. Com a abertura iminente de alguns mercados como o da China e Bolívia, além do interesse dos japoneses em abrir seu mercado para o produto, as exportações podem trazer novo reflexo para preços no mercado interno.

No final do mês de junho, o Chile enviou documento ao governo brasileiro o qual habilitava as exportações de carne in natura de dois frigoríficos catarinenses. O país vizinho estava sem comprar o produto brasileiro desde 2005, por conta de focos de aftosa. A China deverá habilitar frigoríficos brasileiros para exportar ainda em 2008.