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Rússia proíbe importações de carne de Goiás e Pernambuco

<p>Motivo foi a detecção de casos de estomatite vesicular, informou a Rosselkhoznadzor (Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária, na sigla em russo).</p>

Redação (02/07/2008)- A Rússia suspendeu temporariamente as importações de carne bovina dos estados de Goiás e Pernambuco em conseqüência da detecção de casos de estomatite vesicular, informou a Rosselkhoznadzor (Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária, na sigla em russo). O comunicado com a informação do veto às importações de carne e gado de Goiás e Pernambuco foi divulgado nesta terça-feira (1°/07).O Brasil é o maior fornecedor de carne bovina para a Rússia, com 438 mil toneladas vendidas ano passado, ou seja, 62% do total das importações do produto, segundo o jornal "Vremya Novostei". No entanto, as conseqüências da medida cautelar serão limitadas, já que o estado de Goiás abriga apenas 11 dos 70 produtores brasileiros credenciados pela agência russa, enquanto Pernambuco não conta com nenhum, acrescenta o jornal.

O "Vremya Novostei" destaca ainda que a Rosselkhoznadzor decidiu manter a proibição de importar frutas e verduras da Turquia, por causa do nível excessivo de produtos químicos e pesticidas.Nesta terça-feira, o Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão reconheceu em um relatório enviado na última semana os esforços do Brasil na erradicação da febre aftosa e sinalizou que o princípio da regionalização pode ser usado com segurança para a importação de carne suína brasileira.

O documento do governo japonês, que atesta que a qualidade do Pnefa (Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa), foi elaborado por uma missão técnica do país enviada a Santa Catarina, em dezembro de 2007. Na ocasião, os profissionais analisavam experiências bem-sucedidas na erradicação da doença e o estado foi escolhido por ser reconhecido pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) como livre de aftosa sem vacinação.

O princípio da regionalização é utilizado com freqüência em países com grande extensão territorial – como o Brasil, por exemplo. Nesse caso, áreas geográficas são delimitadas para doenças, o que evita que um país inteiro seja impedido de comercializar seus produtos por apresentar apenas uma região com problemas.O ministério japonês está elaborando um questionário sobre febre aftosa no Brasil, o que significa o primeiro passo do processo de avaliação de risco de eventuais exportações de carne suína in natura para o Japão. Se aprovado, as autoridades japonesas poderão realizar mais uma visita técnica, desta vez para habilitar plantas exportadoras brasileiras.Nesta segunda-feira (30/06), a União Européia (UE) anunciou que irá permitir a importação de carne de mais regiões do Brasil. "Recentemente, as autoridades competentes do Brasil, da Argentina e do Paraguai fizeram esforços consideráveis para melhorar a situação da saúde de seus rebanhos em seus respectivos países e em particular no que diz respeito à febre aftosa", informou a Comissão Européia (o órgão executivo da UE).

Com isso, os estados do Paraná e São Paulo voltarão a exportar carne bovina in natura para a UE, segundo o Ministério da Agricultura. A habilitação é conseqüência do reconhecimento dado aos dois estados como áreas livres de febre aftosa com vacinação, pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), no final de maio. Além desses dois estados, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal voltaram a ter em maio o reconhecimento vigente até 2005, quando foram diagnosticados eventos sanitários no Mato Grosso do Sul e Paraná.

O Mato Grosso do Sul, no entanto, não obteve o reconhecimento. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Kroetz, informou hoje no entanto que o Estado deverá obter o reconhecimento da OIE de área livre de febre aftosa com vacinação no final de julho – a partir do que o Ministério da Agricultura irá requisitar sua habilitação para exportar carne à UE.