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Nota de MS em defesa avícola serve de aviso, diz técnico

<p>A classificação vai ser voltada para os importadores e o Estado deve se equipar melhor no serviço sanitário da avicultura.</p>

Redação (10/12/2007)- A classificação “C” recebida por Mato Grosso do Sul na defesa sanitária agrícola serve como um alerta para que o Estado melhore sua atuação no setor, a fim de evitar possíveis embaraços futuros com outras regiões do País. A avaliação é de Rui Saravi, chefe de Divisão Técnica da Superintendência Federal de Agricultura no Estado, que participou da reunião na última quinta-feira (6 de dezembro) na qual foi anunciada a forma de classificação a ser adotada pelo Ministério da Agricultura no País.
Saravi ressaltou que esta foi a primeira “nota” recebida por todos os 21 Estados envolvidos no sistema de classificação, a ser utilizado como um referencial para exportações, atendendo a pedido da União Brasileira de Avicultores. “Essa classificação vai ser voltada para os importadores. O que se espera, agora é que o Estado se equipe melhor no serviço sanitário da avicultura”, ponderou.

Apesar da nota mediana atingida pelo Estado, Saravi não vê motivo para alarde a curto prazo. “Isso não é uma propaganda negativa. É uma avaliação na qual, agora, cada Estado terá de se estruturar para melhorar a avaliação”. Ao mesmo tempo, o diretor técnico salienta que, caso não sejam implantadas melhorias, Estados concorrentes poderão oferecer resistência para a entrada de animais provenientes de Mato Grosso do Sul.
“Caso São Paulo, por exemplo, onde são abatidos muitos frangos do Estado, atinja uma nota melhor, poderá oferecer restrições para a entrada de aves de Mato Grosso do Sul para proteger sua produção”, explicou. Apesar dessa possibilidade, Saravi ressaltou que “esta é uma primeira fotografia, em um projeto que não tem por objetivo criar prejuízos, e sim apresentar perspectivas para a melhoria das condições sanitárias”.
A classificação faz parte de um plano nacional, do qual os participantes optaram por participar. Os Estados receberam conceitos “A”, para melhores condições sanitárias, “B”, que ainda precisam de auxílio do Mapa para conduzir o tema, “C”, que precisam da coordenação do Mapa para conduzir procedimentos, e “D”, de piores condições. Cada Estado só poderá comercializar para outros que tenham classificação igual ou inferior.
Nenhum Estado recebeu conceito “A” do Mapa, enquanto Santa Catarina foi o único avaliado com “B”. Além de Mato Grosso do Sul, obtiveram conceito “C” os Estados de Mato Grosso, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O “D” ficou com o Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
Futuro – Saravi considerou que o Estado apresenta deficiências que, de fato, precisam ser corrigidas. Os problemas são identificados em praticamente todos os setores da cadeia produtiva, como atendimento veterinário e laboratorial, gestão e mesmo sobre a legislação. “Não são fatores pontuais”, disse. “Mas também são problemas encontrados no País todo”, prosseguiu.
Segundo o diretor, os problemas relativos à febre aftosa nos últimos anos podem ter levado as autoridades a relaxarem em outros setores de segurança sanitária. “Daqui para a frente, serão tomadas outras medidas que podem levar ao melhoramento”, acredita, finalizando que “Mato Grosso do Sul tem perspectivas responsabilidade e embasamento técnico para melhorar sua condição”.