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Cresce plantio de transgênicos na Europa

<p>As lavouras transgênicas já somam 110 mil hectares este ano, comparados aos 62 mil hectares em 2006.</p>

Redação (09/11/2007)- O cultivo de plantas derivadas da biotecnologia cresceu 77% em relação ao ano passado nos países da União Européia que adotam sementes geneticamente modificadas. As lavouras transgênicas já somam 110 mil hectares este ano, comparados aos 62 mil hectares em 2006. As informações são uma prévia da publicação anual do ISAAA (Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia), que traz dados sobre a produção mundial de transgênicos.

A Espanha, que cultiva há mais de dez anos o milho MON 810 da Monsanto (YieldGard®), resistente a insetos-pragas, segue na liderança como o maior produtor de transgênicos da Europa, com aumento de área em 40% (75 mil hectares). No ano anterior, a área destinada ao milho resistente aos ataques da lagarta do cartucho, da lagarta da espiga e da broca do colmo somava 53 mil hectares.

Outro destaque é a França, que aumentou em 363% sua área plantada com o milho YieldGard® e agora passa dos 21 mil hectares. De acordo com Nathalie Moll, diretora da EuropaBio, “com quase 22 mil hectares plantados com o milho resistente a insetos, a França, segunda maior produtora de transgênicos na Europa, economiza cerca de 29 mil litros de combustíveis, o equivalente à emissão de 86 toneladas de CO2 e poupa 8.500 litros adicionais de agrotóxicos, basicamente inseticidas”. 

E a expansão também se aplica aos outros países europeus que já aprovaram o plantio de transgênicos. República Checa (288%), Portugal (260%), Alemanha (183%), Eslováquia (2.900%) e Polônia (220%) ajudaram o bloco europeu a aumentar em 77% a área plantada. No mesmo período, os Estados Unidos, maiores produtores de transgênicos do mundo, tiveram crescimento de apenas 0,5%. A EuropaBio lembra que a área cultivada com o MON 810 traz ganhos comprovados para toda a cadeia produtiva, na medida em que são produzidos híbridos livre do ataque de invasores, com mais sanidade, a preços mais competitivos e, principalmente, com menor impacto ao meio ambiente.