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Demanda por máquinas no RS anima as indústrias

<p>O crescimento da produção e os bons preços obtidos pelas commodities agrícolas na safra deste ano estão se refletindo nas vendas de máquinas e implementos agrícolas.</p>

Redação (31/08/07) – Segundo empresas do setor, esta é a melhor edição da Expointer desde 2004. 

O Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers) estima R$ 120 milhões em vendas, 38% acima do valor de 2006, mas abaixo dos R$ 220 milhões de 2004. "Nos últimos anos o Rio Grande do Sul havia enfrentado duas frustrações de safra devido à seca e em 2006 os preços dos grãos também estavam achatados", diz o presidente da entidade, Cláudio Bier. 

"O astral está melhor neste ano", constata o diretor de marketing da Massey Ferguson, marca da AGCO do Brasil, Fábio Piltcher. Segundo ele, a procura está aquecida no segmento de tratores pequenos, destinados à agricultura familiar, mas há um aumento maior nas linhas de máquinas de maior porte, acima de 150 cavalos de potência. 

Piltcher ainda não tem números fechados sobre as vendas na Expointer, mas afirma que o desempenho confirma a tendência de aumento da demanda por colheitadeiras. De janeiro a julho, a empresa vendeu 202 máquinas no país, 110% a mais do que no mesmo período de 2006. O mercado total cresceu 105,5%, para 1.034 equipamentos, conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 

"Os produtores estão confiantes no resultado da atividade, há necessidade de novas tecnologias e linhas de crédito disponíveis", acrescenta o gerente de vendas da John Deere, Paulo Kowalski. Segundo ele, depois de dois anos ruins o setor está se recuperando, auxiliado pela redução das taxas de juros do Finame Moderfrota, para 7,5% e 9,5% ao ano, de acordo com o porte dos agricultores. 

A Valtra espera crescimento de 30% nas vendas na Expointer deste ano em comparação com a exposição do ano passado, diz o gerente de marketing, Jak Torreta. Ele não detalha volumes, mas relata que a demanda está forte no segmento de tratores de média potência, na faixa de 120 cavalos. O mesmo ocorre nas linhas destinadas à silvicultura devido aos investimentos em florestamento realizados no setor no Estado por empresas como Aracruz, VCP e Stora Enso. 

De acordo com levantamento divulgado ontem pela Secretaria da Agricultura do Estado, a venda de animais também já superou a marca registrada em toda a feira do ano passado. Até a noite de quarta-feira o valor havia alcançado R$ 7,6 milhões, ante R$ 7,3 milhões durante todos os dias da exposição em 2006.