Redação (14/08/07) – Esse movimento de vendas de um produto que ainda nem foi plantado já ocorre normalmente no mercado de soja, um setor que tem o Brasil como um dos principais negociadores mundiais.
Mas não é inédita a antecipação das vendas externas de milho do país, pois parte da produção da segunda safra (safrinha) deste ano já foi assim negociada, com os brasileiros tentando ganhar mercado no exterior depois que os Estados Unidos decidiram usar volume maior do grão para a produção de álcool, mudando, como conseqüência, o patamar dos preços. "Foi feita alguma coisa. Trabalho há 22 anos com milho e isso nunca aconteceu", diz um corretor do Paraná, referindo-se às vendas antecipadas para exportação de milho da safra de verão.
"Já vendemos bastante, [o mercado está] bem diferente de anos anteriores. Os preços estão bons, a Europa está comprando bem. Com isso, os produtores se animam a plantar", disse outro corretor, de São Paulo. Além disso, o fato de o milho brasileiro não ser transgênico colabora nas vendas, uma vez que países europeus exigem o produto convencional para a alimentação humana. "Eles estão vindo pagar o que os vendedores estão pedindo", observou o corretor paranaense.
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As vendas antecipadas para embarques em 2008 são consideradas um bom começo para o próximo ano, podendo significar uma continuidade das expressivas exportações de 2007. Neste ano o Brasil deverá exportar entre 7,5 milhões e 8 milhões de toneladas, o dobro do volume de 2006.
