Redação (24/07/07) – O valor supera em 5% o contratado no ano-safra 2005/2006: R$ 42,33 bilhões.
Para o Coordenador-Geral de Análise Econômica do Departamento de Economia Agrícola da Secretaria de Política Agrícola (Deagri/SPA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcelo Fernandes Guimarães, a comparação entre o montante programado e os valores contratados do crédito rural nos dois anos-safra, demonstra que, além do aumento na demanda por recursos, o perfil do endividamento do produtor rural melhorou, ou seja, ele se endividou a um custo menor.
Segundo ele, o crédito ficou mais barato em razão de alguns fatores como o aumento da aplicação a juros controlados, que foi quase 30% superior à realizada no ano-safra passado; a queda na demanda por recursos livres, que são mais caros para o contratante; e o aumento de 55% na aplicação de recursos na poupança rural equalizada, com juros controlados. As constatações foram feitas pelo grupo de acompanhamento do crédito rural, em sua reunião mensal, realizada na última quarta-feira (18/07). O grupo funciona como um comitê de estatística e avaliação do Crédito Rural e é formado por membros do Governo Federal (ministérios da Agricultura, do Planejamento e da Fazenda) e membros do sistema financeiro.
A reunião constatou ainda que, pelo segundo ano, não se conseguiu aplicar a totalidade de recursos programados. Foram contratados 89% do montante previsto. Houve também uma queda de 7% na demanda por recursos para investimento. O que, segundo Guimarães, “se deve ao alto endividamento do setor, já que os bancos temem liberar recursos para produtores que se encontram com a renda comprometida com o pagamento de dívidas”.
O coordenador pondera que a queda na contratação de recursos para investimento foi menor que o esperado. No entanto, verifica-se desde março deste ano, uma recuperação na tomada de recursos para investimento, impulsionada pelo Programa Modernização da Frota de Máquinas e Equipamentos Agrícolas (Moderfota), destinado ao financiamento, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), de aquisições de máquinas e equipamentos agrícolas.