Redação (23/07/07) – A intenção é que o Estado saia de cena quando o assunto for custeio da mostra. "Queremos aumentar a participação da iniciativa privada até que o Estado não precise mais tirar recursos do orçamento para custear a feira e, se tiver, que seja para investimentos em sua ampliação", adianta o secretário da Agricultura do Estado, João Carlos Machado.
As modificações de gestão da Expointer rumo à terceirização previstas para 2008 começam aos poucos a se desenhar com a exploração da bilheteria, o corte de benefícios na locação de espaços e os recursos privados para custeio.
Nesta edição, a secretaria da Agricultura receberá R$ 400 mil para cobrir despesas de segurança do parque até então pagas pelo Estado. A edição deste ano ocorre de 25 de agosto a 2 de setembro.
O reforço foi possível com um aditivo ao contrato do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers). A entidade prevê arrecadar R$ 950 mil em locação de espaço e estacionamento.
Até a edição passada, a verba era direcionada para melhorias estruturais no setor destinado ao Simers. "O acerto vale para este ano. Faremos nova avaliação em 2008, mas estamos interessados em administrar nossa parte no parque", revela o presidente do Simers, Cláudio Bier.
A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) será parceira dentro do novo modelo. O presidente da entidade, Carlos Sperotto, acredita que, desta forma, haverá maior profissionalização e atração de outros eventos para o parque, ocioso a maior parte do ano: "A Farsul quer ser parceria, mas a Expointer não é um evento exclusivamente do setor rural. Tem comércio, indústria e serviços. A Organização das Cooperativas do Estado (Ocergs) ocupa 300 metros quadrados do Pavilhão Internacional e estuda aplicar de R$ 30 mil. Nada mais justo o governo estadual ter uma contrapartida pelo uso do patrimônio, mas acredito que é papel do Estado fomentar a exposição para promover a produção regional", avalia o presidente da Ocergs, Vergilio Frederico Perius.