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Ruralistas debatem zona tampão na fronteira

<p>O Conselho Municipal de Sanidade Animal e o Sindicato Rural de Ponta Porã realizam nesta sexta-feira (06/07), uma reunião com produtores rurais e autoridades locais para discutir a determinação do Mapa, de criar uma área de vigilância especial na faixa de fronteira.</p>

Redação (06/07/07) – A medida atinge 15 quilômetros ao longo dos municípios sul-mato-grossenses que fazem divisa com o Paraguai.

O Conselho Municipal de Sanidade Animal e o Sindicato Rural de Ponta Porã realizam nesta sexta-feira (6), a partir das 14h, no parque de exposições ‘Alcindo Pereira’, uma reunião com produtores rurais e autoridades locais para discutir a determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de criar uma área de vigilância especial (zona tampão) na faixa de fronteira.

A medida atinge 15 quilômetros ao longo dos municípios sul-mato-grossenses que fazem divisa com o Paraguai. O encontro contará com a presença de representantes da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e da Comissão de Produtores Rurais da Região de Fronteira, que vão prestar esclarecimentos sobre a situação.

De acordo com o presidente do Conselho de Sanidade Animal, Jean Pierre Paes Martins, esta não é a melhor política a ser adotada para resolver a questão da febre aftosa no Estado, “mas por se tratar de uma determinação da Organização Internacional de Epizootias (OIE), que é formada por mais de 150 países, a única alternativa que nos resta é orientar os produtores da região”.

Não fosse essa obrigatoriedade, Jean Martins aponta que até haveria outras propostas a serem apresentadas. “Mas não tem jeito, o Paraguai já aceitou a condição e algumas fazendas estão inclusive ‘brincando’ seus animais”, argumenta o presidente da Comissão. Para ele, se essa é uma obrigação irrevogável, “que venha e passe logo, pois qualquer mudança nestas condições depende das conseqüências desta medida”.

O presidente do Sindicato Rural, Ronei Silva Fuchs, argumenta que a obrigação do sindicato e da comissão neste momento é orientar os produtores da fronteira. “Inclusive aqueles que estão nos assentamentos, porque apesar de a área tampão atingir apenas parte das propriedades dos assentados, ela acaba valendo para toda a área e não apenas para parte dela”.

Outra da preocupação, segundo Jean Paes, é com o trabalho da Iagro (Agência de Defesa Animal) do Estado. “A Iagro pode nos dar amparo e por isso defendemos posição nos sentido de que o órgão tenha condições para isso, porque os pecuaristas estão conscientes das dificuldades e esperam apenas apoio e orientação para este problema que atinge grande parte do município”, argumenta.

A reunião faz parte de uma série de encontros de orientação que os sindicatos rurais e a Famasul está realizando, sendo Ponta Porã um dos municípios que estarão orientando a classe produtora quanto à zona tampão. Pecuaristas de cidades vizinhas devem participar dos debates desta sexta-feira. Maiores informações sobre a reunião podem ser obtidas pelos telefones (67) 3433-3014 ou 3433-1423.