Redação (27/06/07) – Pelo placar de 14 a 7 e duas abstenções, a Comissão Permanente, reunida ontem, na Capital, decidiu manter as restrições. Os votos contrários vieram de puxadores de venda em Esteio: angus e de ovinos.
A portaria 49 proíbe o ingresso de exemplares de todo o país no Estado devido à ocorrência de aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná, em 2005. Naquele ano, 5% dos 5.956 animais inscritos para a feira vieram de fora.
Apesar de uma legislação federal garantir que não há problema na entrada, desde que respeitadas exigências como quarentena e sorologia, a maioria preferiu não correr riscos sanitários e comerciais. A liberação dos animais poderia abrir precedente para entrada de gado para abate, elevando a oferta na indústria, o que causaria queda no preço ao produtor.
O caso deve parar na Justiça, adiantou o diretor da Associação Brasileira de Angus, Fábio Gomes: – Mercado se defende com competência, não com reserva. Gomes promete entrar com liminar para garantir animais que estão em Santa Catarina.
O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, assegura que a ausência não irá enfraquecer a exposição. O diretor da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Francisco Schardong, não escondia o contentamento com o anúncio: – O bom senso prevaleceu.
Para os leiloeiros, a decisão pode afetar as vendas em razão também da ausência de compradores de outras regiões do país.