Redação (12/06/07) – A retomada das negociações com o Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária da Federação Russa foi resultado da missão oficial do Mapa, dias 8 e 9 últimos, a Moscou. As medidas exigidas pela Rússia para a manutenção do fornecimento de carne brasileira devem vigorar a partir de 1º de julho, conforme já estabelecido pela Rússia.
Por iniciativa do governo russo, o Ministério da Agricultura do Brasil será responsável pela habilitação, desabilitação e reabilitação de estabelecimentos exportadores de carnes. O sistema deve ser similar ao que já é feito pelo Brasil para os mercados europeu e americano. Anualmente, o Brasil receberá visitas de inspetores russos que farão a auditoria nos estabelecimentos habilitados pelo Mapa. A situação dos 11 frigoríficos que tiveram recentemente a sua habilitação suspensa pelas autoridades russas também será analisada pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).
A Rússia apenas autoriza a habilitação de frigoríficos que não abatam animais provenientes de áreas não-habilitadas. Hoje são 56 ao todo, localizados nos estados do Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul, Tocantins, Rondônia e São Paulo. A embalagem primária dos produtos também deve conter selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) desde o estabelecimento de abate. Além disso, a Rússia suspendeu a importação de carnes provenientes de estabelecimentos que se dedicam apenas a desossa e processamento de carnes.
As delegações acordaram na criação de grupo de trabalho composto por membros da Secretaria de Defesa Agropecuária e o Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária da Federação Russa e, até 1º de novembro deste ano, deve estabelecer um Memorando de Entendimento sobre as condições de fornecimento de mercadorias sujeitas à supervisão veterinária oficial do Brasil para a Rússia. A Rússia exigiu ainda o aumento do controle da tuberculose bovina nas propriedades que abatem animais cuja carne tem como destino a Rússia.
Além disso, devem entrar em vigor, a partir de 1º de julho, os novos itens de segurança nos Certificados Sanitários Internacionais e um sistema de certificação digital desses documentos. “As medidas aumentam a responsabilidade do serviço de inspeção nacional e dos empresários que desejam exportar. Com elas, o padrão sanitário das exportações será elevado”, conclui Kroetz.