Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Novo status sanitário de SC levará outros Estados a não vacinar

<p>A mudança de status sanitário de Santa Catarina, vai fazer outros Estados a parar de vacinar seus rebanhos. A expectativa é que o Rio Grande do Sul seja o próximo.</p>

Redação (24/05/07) – O cronograma será discutido no segundo semestre com a cadeia produtiva. Analistas de mercado acreditam que Rondônia, Acre, Tocantins e Mato Grosso também poderiam tentar encerrar a imunização.

"O Brasil todo é um sonho distante", afirma Fabiano Tito Rosa, analista da Scot Consultoria. Para ele, a partir de agora devem começar a "pipocar" notícias sobre o fim da vacinação em vários estados. O governo chegou a estabelecer uma meta para este ano, depois transferida para 2009.

Os gaúchos já haviam parado de vacinar, em 2000, mas alguns meses depois foi detectado um foco em Jóia, no Noroeste do estado. "Nosso objetivo é chegar onde Santa Catarina chegou", diz João Carlos Fagundes Machado, secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul. Segundo ele, este ano ocorre a segunda etapa de vacinação e, em 2008, poderia acabar a imunização. "O Rio Grande do Sul passa a ter um cinturão de proteção, com Santa Catarina e o Uruguai", diz Antonio Camardelli, secretário-executivo da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec).

Para Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de carne Suína (Abipecs), o estado teria de ter vigilância sanitária e deixar de comprar bezerros de outras regiões. Camargo Neto aponta algumas dificuldades para outros estados importantes da pecuária de corte pararem de imunizar seus rebanhos. É o caso do Paraná e de São Paulo que, segundo ele, ficariam sem poder trazer gado de Mato Grosso do Sul. Em Mato Grosso, onde não há registro de focos da doença há mais de uma década, Camargo Neto diz que o principal problema é a fronteira com a Bolívia. "Enquanto não resolver essa questão, é muito cedo para pensar nisso".

"Se o Brasil quiser melhorar a defesa sanitária, tem de seguir Santa Catarina", diz Felipe Luz, diretor de Relações Institucionais da Sadia. Ele acredita que o Rio Grande do Sul possa ter um novo status em dois anos. No caso do Paraná, em sua avaliação, a fronteira é muito perigosa.