Redação (21/05/07) – Contudo desde dezembro de 2005 a Rússia não importa carne do estado, país que foi o principal destino da carne suína. Com o embargo, as agroindústrias catarinenses deixam de vender cerca de 17 mil toneladas de carnes por mês. Os principais atingidos são os produtores, que têm 580 mil toneladas por ano de seus produtos destinados à exportação.
O governo catarinense investiu fortemente no fortalecimento da estrutura de defesa animal, que hoje conta com 340 médicos veterinários, 429 fiscais para o controle do trânsito de animais e 327 auxiliares. A estrutura física para proteção sanitária é composta de 69 postos fixos e de 22 postos móveis de controle do trânsito de animais e seus produtos, nas divisas com o Paraná, Rio Grande do Sul e na fronteira com a Argentina.
O diretor de defesa agropecuária da Secretaria da Agricultura, Roni Barbosa, afirma que a partir do reconhecimento da OIE, os produtos agropecuários catarinenses conquistam qualificação sanitária perante os blocos econômicos e países importadores. Um exemplo é a Itália, que pretende importar cerca de 15 mil bovinos por ano de Santa Catarina, com possibilidade de as compras se estenderem à carne suína.
"O certificado cria para Santa Catarina a possibilidade de abrir novos mercados, mas ainda não é uma garantia. Os reflexos serão positivos, mas não imediatos", acredita Ceron. A precaução é reforçada pelo secretário de Estado de Articulação Nacional, Vinícius Lummertz Silva, para quem uma vez "cumprida esta etapa, o governo lançará mão de todos os esforços para, junto com o setor, abrir novos mercados".