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Guarda Portuária barra soja transgênica sem classificação

<p>A guarda Portuária do Porto de Paranaguá apurou nesta semana a denúncia de que caminhões carregados com soja transgênica estavam descarregando o produto em armazéns particulares sem a verificação da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar).</p>

Redação (08/03/07)–  Segundo boletim de ocorrência emitido pela corporação, as mercadorias não continham documento que atestava a verificação da carga pela Claspar, conforme exige a logística adotada pelo porto, além de normas e regulamentos vigentes.

Os caminhões não passaram pelo Pátio de Triagem para serem classificados, burlando o sistema do Porto de Paranaguá. O produto foi descarregado no armazém da Sulterminais, localizado nas proximidades do Porto. Para ser transferido para o armazém da Cargill, de onde seria embarcado, o produto deveria passar pela classificação. No entanto, o armazém da retroárea não emitiu o documento porque não estava credenciado junto à Claspar e suas atividades foram imediatamente paralisadas.

Conforme o Regulamento de Exploração dos Portos, a empresa poderá ter suas operações suspensas por até 90 dias ou obrigada a pagar multas. “Já estamos providenciando este credenciamento para voltar a operar normalmente”, disse o gerente da Sulterminais, Rafael Nascimento Lobo Santos.

Segundo o encarregado da empresa, Oziel Gomes, atualmente o armazém da Sulterminais, filiado à empresa Marcon, está com suas operações paralisadas até conseguir regularizar sua situação junto à Claspar e à Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). “Já recebemos a vistoria da nossa estrutura e a documentação já foi encaminhada. Agora, estamos aguardando”, explicou.

Somente depois de ser flagrada pela Guarda Portuária é que a Cargill determinou o cancelamento do recebimento de cerca de 300 toneladas de soja, conforme dados fornecidos no boletim de ocorrência. Situação que Oziel Gomes não soube explicar. “Não sei como isso passou despercebido”, comentou.

O diretor da Cargill, José Sílvio Gori, disse não ter conhecimento sobre o volume descarregado sem classificação, mas disse que, assim que a falha foi detectada, a empresa cancelou o recebimento dos caminhões irregulares. “Percebemos que os procedimentos não estavam sendo atendidos e paramos a descarga por falta da classificação”, garantiu.