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Soja causa filas em Paranaguá

<p>Caminhões carregados com soja formaram ontem uma fila de dez quilômetros na BR-277, na entrada para o porto de Paranaguá (PR).</p>

Redação (22/01/07) – A Ecovia, concessionária que administra a rodovia, informou que a fila começou a ser formada na tarde de terça. Embora seja bem menor que as registradas no passado, que passavam de 100 quilômetros, ela traz o temor de que a logística portuária possa falhar no auge do embarque do grão, que está sendo colhido.

O superintendente do porto, Eduardo Requião, diz que “o bloco de caminhões” formado no Carnaval não tem a ver com logística, mas com pressão por parte de operadores portuários para que a administração de Paranaguá libere o silo público para armazenamento de transgênicos. “Há dois anos e meio nossa logística tem sido satisfatória, e o porto continua sem fila; o que existe é uma ”malcriação” por parte de operadores, que sofrerão punições”.

Requião contou que 66% dos caminhões estacionados eram do Paraná e 34% de Mato Grosso, Goiás e São Paulo. Segundo ele, as cargas não estavam negociadas, como determina a administração do porto, o que fez das carretas “silos ambulantes”. A previsão é de que as filas acabem até amanhã, com o descarregamento em armazéns privados.

Para cumprir decisão judicial, o porto embarca transgênicos, mas reservou o silo público para soja convencional. Ele tem capacidade para 100 mil toneladas. A pressão para sua liberação se deve, em parte, ao fato dele estar com 8 mil toneladas. Questionado se esse tipo de pressão pode trazer problemas, Requião disse que, se isso se repetir, ele poderá aumentar punições e até cancelar autorizações para operação.