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USDA revê produção sul-americana de milho

<p>A principal mudança do USDA envolveu o milho brasileiro.</p>

Redação (12/02/07) – Previsível quanto as estimativas para milho e soja nos Estados Unidos nesta safra 2006/07, que já está sendo comercializada, o relatório de oferta e demanda de grãos divulgado na sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) brindou os analistas daquele país com importantes ajustes para a produção sul-americana na temporada, especialmente no caso do milho.

O órgão passou a prever produção total de 46 milhões de toneladas no país em 2006/07, ante 42 milhões previstas em janeiro e 41,70 milhões em 2005/06. A estimativa para a exportação do Brasil no novo ciclo passou de 4 milhões para 5 milhões de toneladas, ante 4,2 milhões em 2005/06.

Para a Argentina, o USDA “corrigiu” a produção de 19 milhões para 21 milhões de toneladas em 2006/07, e os embarques platinos passaram de 12 milhões para 14 milhões de toneladas. “Essas correções não surpreenderam. Apesar da maior oferta na América do Sul, a projeção do USDA para a demanda total mundial também aumentou e, com isso, a relação entre estoques e consumo segue no menor patamar desde a safra 1973/74”, disse Leonardo Sologuren, analista da Céleres.

O órgão manteve suas previsões para os EUA – produção de 267,6 milhões de toneladas, exportações de 57,15 milhões e estoques finais de 19,1 milhões – e na bolsa de Chicago o relatório teve pouco efeito. Com muitas compras especulativas, os contratos para março subiram 6,50 centavos de dólar, para US$ 4,0625 por bushel, e dezembro fechou a US$ 3,9925, em alta de 2,75 cents.

Se foi considerado pelos traders de Chicago “morno” para o milho, no caso da soja as novas previsões foram recebidas como um iceberg. Houve leves alterações para a safra americana, mais 1,5 milhão de toneladas para a produção argentina e nada de novo para o Brasil. Na bolsa, os futuros para março subiram 2,75 cents, para US$ 7,4375, e maio ganhou 3 cents e chegou a US$ 7,6025. “Só chamou a atenção uma pequena queda de 500 mil toneladas na projeção para as importações chinesas, que contraria as expectativas”, disse Renato Sayeg, da Tetras Corretora. Ele ressaltou que, conforme o USDA, produção e estoques finais globais ainda serão recordes em 2006/07.