Redação (20/12/06) – Tudo por causa da febre aftosa. Em 2005, a doença afetou os rebanhos de gado do Paraná e do Mato Grosso do Sul, mas fez com que a Rússia, o maior comprador do Brasil, deixasse de importar todas as carnes produzidas aqui, inclusive a suína.
Apesar de o embargo ter sido suspenso recentemente para os estados de Mato Grosso, São Paulo e Goiás, o mercado não mudou muito, já que 80% da produção nacional de suínos procedem do Sul do Brasil. Além disso, Paraná e Santa Catarina não estão exportando.
Com o fechamento das portas russas para a carne brasileira, sobrou mercadoria no estoque. O jeito de os frigoríficos não ficarem só no prejuízo foi baixarem o preço para o consumidor, que já pensa em mudar a ceia de Natal. Este ano vou ter mais carne de porco, disse um consumidor.
Nos supermercados de Curitiba, enquanto o peru é vendido acima de R$ 7 o quilo, o pernil custa menos de R$ 5. Mesmo comparado ao frango, que custa R$ 6,45, o porco sai na frente. A diferença é de quase R$ 2 por quilo.
O economista Gustavo Fanaya dá a dica: na hora de comprar, dê uma olhada no açougue. A economia é certa.
“Converse com o açougueiro do supermercado. Existe opção do pernil congelado. É importante refletir e pensar bem como ele vai preparar esse produto, caso ele queira o produto já pronto, já temperado. Aquela embalagem bonita costuma ser mais cara”, recomenda o economista Gustavo Fanaya.
“Vou ficar com a carne suína mesmo. O jeito é economizar. É bom que sobra um pouco para a champagne no Natal e no Ano Novo”, comenta a dona de casa Zenilda Aparecida.