Redação (30/11/06) –As secreções anormais ou patológicas podem ser provenientes do trato genital ou urinário. Aquelas originadas do trato reprodutivo podem ser decorrentes de vaginites (por lesões na vulva e vagina), cervicites ou, mais freqüentemente, endometrites. As leitoas e porcas vazias são mais susceptíveis a endometrites que demais fêmeas. As descargas patológicas provenientes do trato urinário, na maioria dos casos, estão associadas a cistites. Contudo, casos mais graves podem envolver ureteres e rins.
Diversos são os motivos que levam a não observação das secreções vulvares dificultando, desta forma, o diagnóstico e resolução do problema. É comum as secreções serem eliminadas de forma intermitente, em pouca quantidade e por poucos minutos. A secreção pode cair no piso ripado e ser removida junto com a urina e fezes, passando despercebida pelo funcionário. A observação do problema pode ser dificultada se as fêmeas ingerirem as secreções do piso ou vulva de outras fêmeas (comum em alojamento em baia) ou deitarem sobre a descarga vulvar (fêmeas alojadas em gaiolas). Portanto, o funcionário deve fazer uma avaliação das fêmeas de forma cautelosa, tendo o cuidado de observar a vulva e também o períneo e a cauda das fêmeas, além das instalações e do piso. Contudo, é importante salientar que, em certas situações, a infecção pode não apresentar sinais clínicos visíveis, permanecendo oculta aos olhos dos funcionários.
Anamaria Vargas, Médica Veterinária
Universidade Uniquímica