Redação (09/10/06) – Nos últimos 45 dias, a saca de 60 quilos já contabiliza aumentos que variam de 15% a 20%, dependendo da região de Goiás. Esta semana, as cotações variaram entre R$ 13,00 (em Mineiros) até R$ 16,50 (em Cristalina) a saca de 60 kg. Nas granjas avícolas e suinícolas, o preço da saca já chega a até R$ 18,00, por causa do frete.
De acordo com Pedro Arantes, assessor econômico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), os produtores rurais que ainda dispõem de milho em estoque devem aproveitar o momento positivo, que deverá se estender até a primeira quinzena de novembro. Ele explica que, nesse período, ocorre o pico de consumo, pois as granjas estão preparando produtos para o Natal.
Outros fatores:
A melhoria do preço do milho decorre também do enxugamento do mercado promovido pelo governo, por meio das aquisições de estoques reguladores. Somente em Goiás, as compras da Companha Nacional de Abastecimento giraram em torno de 600 mil toneladas, o que significa quase 20% de toda a produção goiana do grão. Em todo o País, as aquisições do governo deverão totalizar 2,2 milhões de toneladas, principalmente de Mato Grosso e Goiás.
Desse modo, com o fim da colheita de milho safrinha, em agosto, com estoques altos na mão do governo e o pico do consumo nos próximos 40 dias, a tendência é que as cotações do milho permaneçam firmes até meados de novembro. Pedro Arantes ressalta, porém, que se houver elevação significativa, os consumidores (avicultura e suinocultura) vão pressionar o governo para desovar seus estoques, o que acabará ocorrendo e derrubando as cotações.