Redação (18/07/06)- O vice-presidente do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, apresentou na sexta-feira (14-07), em Curitiba, ao secretário da Agricultura do Paraná, Newton Pohl, a oferta de uma linha de crédito no valor de R$ 1,3 bilhão, que serão destinados a diversos programas especiais no Paraná. Segundo Ribas, serão organizados grupos de técnicos da Secretaria e do Banco que, juntos, vão definir as ações e metas para que os recursos ofertados cheguem aos produtores paranaenses.
O presidente do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, lembrou que a iniciativa comprova o compromisso da instituição com o setor agropecuário do Paraná. Segundo ele, além dos recursos oferecidos, poderão ser feitos outros ajustes para atender as demandas. E não faltarão recursos. É um programa de desenvolvimento específico para o Paraná, em retribuição à opção do Governo do Estado de trabalhar com a instituição bancária, disse.
Entre os programas voltados para o desenvolvimento do setor agropecuário no Estado, está o que atende a produção orgânica. São R$ 170 milhões em recursos. Segundo o gerente de Agronegócio do Banco do Brasil, Sérgio Mantovani, antes não havia uma linha específica de crédito para a agricultura orgânica. O Paraná, que é um dos pioneiros na produção de orgânicos, passa a contar com uma linha especial de financiamento, através do Pronaf, visando a expansão de um mercado que cresce 20% ao ano, informou.
O segmento da fruticultura também foi beneficiado com R$ 150 milhões. Para Ribas, os recursos devem estimular a produção de frutas, que é uma importante alternativa para diversificação das pequenas e médias propriedades. Já que a produção de frutas, geralmente, não ocupa grandes áreas, comentou.
Para a armazenagem da produção agrícola, estão disponíveis R$ 300 milhões. Mantovani lembrou que, tradicionalmente, a linha de crédito voltada para a atividade é utilizada por médios e grandes produtores. Agora, com o volume de recursos ofertados, espera-se que o pequeno produtor também possa investir em armazenagem, afirmou.
De acordo com os Programas Especiais para o Paraná, também estão disponíveis R$ 110 milhões para o setor de cultivos florestais. A iniciativa levou em consideração o déficit de fornecimento de madeira para a indústria. Segundo Ribas, foram dois anos e meio de estudos e trabalhos técnicos para que o Estado pudesse atender a reivindicação do setor madeireiro, por meio da implementação de uma política de cultivos florestais, voltada à industrialização.
Na Secretaria da Agricultura, conseguimos implementar o Programa de Cultivos Florestais do Estado do Paraná para obtenção de madeira para uso comercial. Os recursos anunciados também poderão ser utilizados na formação da reserva legal nas propriedades, atendendo às normas da legislação ambiental, como também, na reconstituição de matas nativas, informou.
No segmento da pecuária leiteira, serão R$ 300 milhões para investimentos nas bacias leiteiras do Estado. Já na área do biodiesel, são ofertados R$ 50 milhões. Esses recursos são para que o pequeno produtor possa financiar a produção de matéria-prima usada no biodiesel. Já em relação ao Fundo de Aval, que atende a agricultura familiar, são ofertados R$ 200 milhões.
Como garantia dos preços agropecuários, o Banco oferece R$ 20 milhões como mecanismos de proteção de preços ao produtor. A iniciativa visa garantir a comercialização dos produtos agrícolas. As informações são da assessoria de imprensa do governo do Estado do Paraná.