Redação (17/07/06) – Os embarques de soja em grão nos portos brasileiros somaram 14,270 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano, 25,2% mais que em igual período de 2005 (11,397 milhões de toneladas), de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) baseado em informações de operadores portuários.
O aumento foi motivado, principalmente, pelo maior volume de soja disponível para exportação em 2006, tendo em vista a forte quebra da produção na região Sul no ano passado, em consequência de uma prolongada estiagem na região Sul. Sinal mais claro disso foi o expressivo incremento de 960% no porto de Rio Grande (RS) na comparação semestral, para 1,632 milhão de toneladas.
Mas o que mais chamou a atenção de Sérgio Castanho Teixeira Mendes, diretor-geral da Anec, foi a acentuada queda da movimentação em Paranaguá (PR). No porto paranaense, segundo a Anec, foram embarcadas 2,380 milhões de toneladas de janeiro a junho, 23,1% menos que nos primeiros seis meses de 2005.
A queda, segundo Mendes, ainda reflete os obstáculos impostos pela administração de Paranaguá ao embarque de soja transgênica, o que continua causando o desvio de cargas para São Francisco do Sul (SC). Procurada, a administração de Paranaguá preferiu não comentar a tendência. No porto catarinense, os embarques de soja em grão aumentaram 69,6% no primeiro semestre e alcançaram 1,976 milhão de toneladas.
Dos portos mais importantes para o escoamento das exportações de soja, o paranaense foi o único que registrou queda no período, conforme a Anec. Santos manteve a liderança nos embarques, com 4,333 milhões de toneladas até junho, 7,1% mais que nos primeiros seis meses de 2005.
O movimento aumentou 33,4% em Tubarão (ES), para 1,589 milhão de toneladas, 9% em Itacoatiara (AM), para 858 mil toneladas, 43,5% em Santarém (PA), para 531 mil toneladas e 63,3% em Ponta da Madeira (MA), para 833 mil toneladas.