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Exportação de carne de frango dos EUA deve sofrer maior concorrência do Brasil

<p>A produção agrícola mundial deve registrar um crescimento regular nos próximos dez anos.</p>

Redação AI (04/07/06)- A crescente exportação de carne de frango dos Estados Unidos deve sofrer uma concorrência maior do Brasil em razão dos baixos custos de produção e dos preços competitivos dos produtos brasileiros nos mercados internacionais, segundo documento da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Segundo as projeções da organização, a produção agrícola mundial deve registrar um crescimento regular nos próximos dez anos, mas mais lento do que durante a década anterior.

O consumo alimentar por habitante também deve aumentar devido ao aumento da renda e à ampliação das trocas comerciais.

Os países em desenvolvimento estão tendo um peso cada vez maior na expansão dos mercados agrícolas mundiais, aponta o documento.

“Essa tendência deve se acelerar durante o período estudado à medida em que os investimentos em capacidade e infra-estrutura transferem a produção, sobretudo de produtos agrícolas não transformados, dos países ricos para os países em desenvolvimento”, diz o relatório.

Variáveis

As perspectivas em relação aos mercados agrícolas internacionais dependem fortemente da situação econômica no Brasil, na China e na Índia, “três gigantes agrícolas mundiais”, segundo o estudo, que ressalta que a China tem uma importância considerável em relação a vários produtos, mas como grande importador e não exportador.

“Se nesses países os mercados e as trocas comerciais tiveram uma evolução diferente das previstas até 2015, as perspectivas do relatório serão afetadas”, afirma o texto.

Segundo a OCDE, entre as incertezas que pairam sobre a produção agrícola mundial nos próximos dez anos estão também os preços energéticos, as mudanças climáticas, o fraco crescimento econômico e, claro, o desfecho das negociações comerciais da chamada Rodada Doha, para a liberalização do comércio mundial.

A OCDE e a FAO afirmam que as discussões junto à Organização Mundial do Comércio representam um elemento de incerteza que não pode ser neglicenciado.

E são justamente as negociações agrícolas entre países ricos e em desenvolvimento que vêm impedindo a obtenção de um acordo na OMC e a conclusão da Rodada Doha.