Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Medidas estruturantes para o agronegócio brasileiro devem ficar para próximo governo

<p>O ministro Roberto Rodrigues está mais otimista quanto ao seguro agrícola e para desastres naturais, que pode sair até dezembro.</p>

Redação (23/06/06)- As chamadas medidas estruturantes para o agronegócio brasileiro devem ficar para o próximo governo. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse hoje (23-06) que as ações que dependerem de questões tributária e fiscal não devem sair este ano. “Estas vão demorar mais um pouco”, afirmou. Rodrigues está mais otimista quanto ao seguro agrícola e para desastres naturais, que pode sair até dezembro. O ministro está em São Paulo visitando a Feira Internacional da Cadeia Produtiva de Carne (Feicorte).

O pacote estruturante é um complemento às medidas emergenciais anunciadas em 25 de maio, quando o governo destinou R$ 60 bilhões de crédito para a agricultura em 2006/07 (aumento de 12,5% sobre o valor programado para a safra passada, que foi de R$ 53,3 milhões). As medidas são um pedido antigo dos produtores. Entre as reivindicações estão a desoneração tributária do óleo diesel e de insumos como defensivos e fertilizantes, a permissão para importação de agroquímicos genéricos, garantia de preços mínimos reais e investimento em obras de infra-estrutura, como melhoria de portos e construção de estradas.

O ministro ressaltou que há boa vontade do Ministério da Fazenda nas discussões de uma reforma mais abrangente nas políticas para o agronegócio, cujo objetivo seria o de resolver os grandes gargalos do setor.

Quanto ao impacto que as medidas emergenciais podem ter no PIB agropecuário deste ano, Rodrigues disse não acreditar que haverá alguma recuperação. “Além da redução na área cultivada tivemos queda no padrão tecnológico. Este ano foi o fundo do poço mesmo”, disse. Mas ele não quis dar números já que as safras de café, cana e laranja, que começaram há pouco, podem contribuir ainda de forma positiva para o resultado do ano.