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OCDE registra baixo apoio à agricultura no Brasil

<p>México aumenta o nível de ajuda à agricultura enquanto o Brasil o apoio é bem menor.</p>

Redação (21/06/06)– O México aumentou o nível de ajuda à agricultura em 2005, enquanto no Brasil o apoio aos produtores foi baixo, segundo o relatório apresentado hoje pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A OCDE analisa em dois relatórios diferentes o apoio à agricultura no México, país pertencente à organização, e no Brasil, incluído num grupo de nações emergentes, como África do Sul e China.

Nos três países, a ajuda foi de nível “baixo”, e no caso do Brasil representou apenas 3% da receita dos produtores, contra 29% na média dos países da OCDE, 33% na União Européia e 16% nos Estados Unidos, segundo dados de 2004.

As reformas no Brasil nos últimos 15 anos “foram radicais e abriram os mercados agrícolas, reduzindo os direitos de alfândega e reforçando a integração regional e internacional”, enquanto na China houve mudanças mais graduais.

Além disso, a importância da ajuda agrícola no PIB do Brasil foi de 0,6% no período 2001-2003. Na China, superou os 3,5%.

A explicação, segundo a OCDE, é que na China a agricultura tem maior importância, dentro de uma economia relativamente pobre e considerando a amplitude das despesas agrícolas em serviços de interesse geral: 56%, contra 36% no Brasil.

No caso do México, os subsídios aos produtores foram de 4,448 bilhões de euros, 20% a mais que em 2005 e 14% da renda dos agricultores nacionais.

O México concedeu 5,173 bilhões de euros em geral à agricultura (subvenções mais apoios a serviços relacionados), o que representa um aumento de 17% e 0,9% do PIB nacional.

A OCDE ressaltou que nos últimos 15 anos os apoios que distorcem o comércio no México vêm diminuindo. Mas os preços para os produtores ficaram 18% acima do mercado global entre 2003 e 2005.