Redação (12/06/06)- O Governo do Paraguai está aprofundando as investigações em torno de operações comerciais com carne suína, depois que o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) apreendeu e destruiu um lote de 525 toneladas, procedentes da China continental, que entrou no país sem autorização.
As autoridades do Senacsa desconfiam que a carne seria reexportada para a Rússia como “Made in Paraguai”, numa operação triangular. A carne suína foi importada pela empresa D.I.O.S. de propriedade do ucraniano Yuri Katsalap, residente em Assunção.
Ontem o jornal ABC Color noticiou que a embaixada do Paraguai em Moscou recebeu pedido do serviço veterinário da Ucrânia para que sejam enviados os certificados sanitários que foram emitidos anteriormente pelo Governo local, porque ele desconfia que estavam entrando mercadorias contrabandeadas com documentos paraguaios, segundo o diretor do Senacsa, Hugo Corrales.
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A suspeita inicial é de que haveria a triangulação com compradores russos, mas agora os indícios é de que o destino final seria a Ucrânia. A preocupação das autoridades paraguaias é com a febre aftosa, pois o país é área livre da doença, com vacinação.
A entrada de carne suína ilegal poderia comprometer esse status sanitário, prejudicando as suas exportações que atingiram US$ 202 milhões de janeiro a maio deste, com a venda de 103.700 toneladas sendo 70 mil de carne bovina.
