Redação (29/05/06) – Mesmo com a crise instalada no setor agropecuário, especialmente pelos baixos preços pagos pelos produtos e os impactos da febre aftosa em outubro do ano passado, o campo vem sustentando a geração de empregos em Mato Grosso do Sul, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Demitidos), divulgado esta manhã. Das 12.246 novas vagas (diferença entre admitidos e demitidos no mercado formal) criadas de janeiro a abril deste ano, 7.026 estão no setor agropecuário, ou seja, 57% do total.
O número de vagas geradas no campo foi de 7.026, praticamente o dobro das 3.670 acumuladas de janeiro a abril do ano passado, quando a estiagem provocou perdas bem maiores nas lavouras.
Em abril, ápice da colheita da soja, o setor gerou 1.356 empregos, de um total de 3.342 no Estado. Junto da Indústria, que teve saldo de 1.266 empregos, foi o setor mais representativo no mercado formal de trabalho no mês passado. Isso ao passo em que o comércio teve 142 demissões a mais que admissões. Outro saldo importante foi o do setor de serviços, de 715 vagas.
No acumulado deste ano o setor industrial gerou 3.496 novas vagas no mercado de trabalho de Mato Grosso do Sul e o de serviços 1.736. Já o comércio teve 655 demissões a mais que admissões, o maior saldo negativo dentre as atividades econômicas do Estado. A retração do setor comercial também é revelado por outro número: na queda de constituição de novas empresas.
No quadrimestre a queda acumulada nas constituições de empresas em relação ao mesmo período do ano passado é de 11,3%, de 2.116 empresas constituídas a 1.879, de acordo com dados da Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul).