Redação (16/05/06)- O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, considera essencial a ampliação do cooperativismo de crédito no Brasil. Atualmente, o setor movimento cerca de 3,5% do total do crédito rural brasileiro. Na sua avaliação, isso deverá dar uma grande contribuição para reduzir as taxas de juros praticadas internamente, reafirmando o papel do cooperativismo como ponte entre o mercado e o bem-estar social.
O cooperativismo de crédito é complementar ao sistema financeiro. Devemos criar um modelo de crédito cooperativo para balizar o custo do dinheiro, disse Rodrigues, ao participar hoje (16/05) da abertura do Fórum Nacional de Cooperativas de Crédito, Micro e Pequenos Empresários Empreendedores Avanços e Perspectivas, promovido pelo Sebrae em parceria com o Banco Central, no Hotel Nacional, em Brasília.
Em sua palestra, Rodrigues enfatizou que o cooperativismo é uma doutrina socioeconômica perfeita para ser implementada em países em desenvolvimento como o Brasil, porque visa a corrigir o social através do econômico. Mas, contraditoriamente, ela é mais avançada nos economias ricas, onde as distâncias sociais são menores. Para o ministro, é preciso disseminar a cultura cooperativista entre a população para impulsionar o crescimento do setor no país.
Rodrigues afirmou que o cooperativismo brasileiro tem um discurso solidário e uma prática solitária, o que explica o fato de ainda não ter se expandido mais no Brasil. De acordo com ele, o crescimento do setor deve estar fundamentado nos princípios que o regem: adesão livre e voluntária; gestão democrática pelos associados; participação econômica dos associados; autonomia e independência; educação, formação e informação; cooperação entre cooperativas; e interesse pela comunidade.