Redação SI (24/04/06)- O fim do embargo russo à carne suína do Rio Grande do Sul trouxe novo alento ao setor, gerando a expectativa de melhoria do retorno econômico da atividade. Como os preços do milho e da soja continuam muito baixos, um incremento nos preços da carne poderia elevar substancialmente a remuneração dos produtores. Essa expectativa já gerou uma reversão na tendência dos preços. O que está preocupando os produtores foi a notícia de um novo foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul.
A convicção, no entanto, é de que, como os russos conhecem melhor a situação brasileira e sabem que mesmo que com esse foco, isso não afetaria a sanidade da carne do RS e, portanto, não deve interferir nos embarques para aquele país. Além disso, pelo que se sabe, o suprimento de carnes na Rússia está abaixo das necessidades do país e eles estão encontrando dificuldade para encontrar fornecedores que disponham de produto suficiente para substituir o Brasil.
Outro problema, mas este a médio prazo, são as previsões de crescimento do rebanho para 2006. A Embrapa junto com a Abipecs e ABCS, estão estimando um crescimento de 2,1% no alojamento de matrizes produtivas, o que pode, segundo eles, repercutir em um crescimento de 6,5% na produção de carne suína. As informações são da assessoria de imprensa da Emater/RS.