A sorologia em aves começou a ser feita em Roraima com o trabalho de médicos veterinários da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), nas granjas do Estado.
O trabalho consiste nos exames de swab (cotonete estéril) da traqueia, da cloaca e coleta de sangue da asa para detectar casos de influenza aviária de alta patogenicidade. No Brasil ainda não há ocorrência de casos da doença.
A gripe aviária, como é popularmente conhecida, é uma doença viral de rápido contagio e que acomete aves domésticas e silvestres, levando à morte.
Segundo o médico veterinário e chefe do Programa Nacional de Sanidade Avícola na Aderr, Ronaldo Feitosa, os exames coletados são enviados para laboratório em São Paulo, que é responsável em examinar o material.
Em Roraima 12 granjas que serão visitadas: 10 em Boa Vista, 01 em Bonfim e 01 em Caracaraí. São selecionadas 11 galinhas com mais de 30 dias de alojamento, adultas e de descartes para a realização da sorologia. “É um trabalho que precisa ser feito para termos noção da condição sanitária das aves no Estado”, reforçou Ronaldo.
O Brasil, como maior exportador de frango, tem atualmente a atenção voltada para a gripe aviária, já que é a maior epidemia em aves que ocorre hoje no mundo. Na Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile foram notificados casos da doença em aves silvestres e de subsistência ou de produção.
Orientações do Ministério da Agricultura
De acordo com a nota técnica Nº 8/2022/CGSA/DSA/SDA/MAPA, a primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação da doença.
Todas as suspeitas de ocorrência de influenza aviária devem ser notificadas imediatamente aos órgãos estaduais de sanidade agropecuária ou às Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.
A notificação de uma suspeita de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres, de subsistência e de produção pode ser realizada por qualquer cidadão, que tenha o conhecimento de suspeitas de influenza aviária, presencialmente ou por telefone em qualquer instância regional, estadual ou federal do Serviço Veterinário Oficial, representado pelos Órgãos Estaduais de Sanidade Agropecuária e pelas Superintendências Federais de Agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou, diretamente, por meio da plataforma e-Sisbravet, por meio do link https://sistemasweb4.agricultura.gov.br/sisbravet/manterNotificacao!abrirFormInternet.action.
Os produtores de aves devem reforçar as medidas de biosseguridade das granjas, especialmente aquelas que visem evitar o contato de aves silvestres e de pessoas alheias ao sistema produtivo com as aves de produção.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolveu um plano de contingência para uma eventual introdução da doença no País e tem promovido a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as Unidades Federativas para o atendimento às suspeitas e resposta a situações de emergência em saúde animal.
O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura ressalta que a prevenção da influenza aviária é responsabilidade compartilhada entre os segmentos público e o setor privado, com o firme propósito de preservar a sanidade do plantel avícola nacional.