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MAPA espera um avanço breve na liberação das carnes de todo o país

<p>Porém, o ministério não acredita no fim do embargo com a visita dos russos.</p>

Redação SI (05/04/06)- O Ministério da Agricultura avalia que a visita do primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Fradkov, ao Brasil pode não significar a retomada imediata das importações de carnes de outros Estados. Mas espera um avanço para breve na liberação das carnes de aves de todo o país. Na segunda, a Rússia suspendeu o embargo às carnes do Rio Grande do Sul, o que foi considerado um gesto político motivado pela visita do premiê ao país.

A decisão não foi vista como técnica pelo Ministério, já que na avaliação da pasta o embargo ao Estado não se sustentava por contrariar regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) e o acordo bilateral entre Brasil e Rússia.

Um sinal de que a visita de Fradkov pode não acelerar a retomada é a ausência de veterinários na delegação que o acompanha no país. “Não mantivemos nenhum contato em nível técnico com os russos depois da suspensão do embargo ao Rio Grande do Sul. Aliás, ainda nem recebemos oficialmente a decisão”, disse o diretor de Saúde Animal do Ministério, Jorge Caetano. “Uma ampliação da suspensão do embargo pode beneficiar primeiro a Santa Catarina, por causa do status de área livre de aftosa sem vacinação. Mas não temos nenhum sinal sobre isso”.

Segundo a Dow Jones Newswires, o governo russo está sob pressão para relaxar o embargo à importação de carnes do Brasil em função da alta dos preços domésticos do produto. Um funcionário do governo disse que a visita de Fradkov pode resultar em alguma medida nesse sentido.

Há preocupação porque com a decisão da Argentina de suspender as exportações de carne bovina por seis meses e o embargo ao Brasil, a Rússia está praticamente sem fontes de fornecimento de carne. Ainda segundo a Dow Jones Newswires, uma fonte do ministério da Agricultura russo disse que uma solução seria permitir a importação de carne de Estados brasileiros, onde a doença não foi registrada. Além de Mato Grosso do Sul e Paraná, que tiveram aftosa, a Rússia proibiu as importações de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.