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Galvan diz que ferrugem é a principal vilã no MT

<p>Estimações de perda na produtividade gira entre 10% a 15%.</p>

Redação (27/03/06)-O presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan, afirma que a grande responsável pela quebra de produtividade na sojicultura do Nortão do Estado, é a incidência da ferrugem asiática nas lavouras. Ela é vilã aqui também.

Galvan estima que a perda na produtividade gire entre 10% a 15% (média de 45 sacas por hectare/ha) em função da agressividade que a doença apresentou nesta safra. As condições climáticas foram favoráveis à ferrugem, o período intenso de chuvas contribuiu para a proliferação da doença e consequentemente queda brusca na produção.

Ele informa que a ferrugem asiática está disseminada em praticamente todas as regiões produtoras de soja do Norte do Estado, apontando que a doença é encontrada em 100% das lavouras, e essa situação é gravíssima. Avaliando um histórico do ataque da doença, Galván observa que ano a ano os índices de perdas são maiores e a infestação da ferrugem é cada vez mais acentuada. A cada ano que passa, piora, chegando ao ponto, em casos mais severos, de motivar perdas de rendimento de até 90% e o produtor ter que abandonar a lavoura, exclama.

Na luta para não perder a produção, os sojicultores do Nortão nesta safra tiveram que investir no controle químico da doença com pulverização de fungicida nas lavouras. O presidente do sindicato informou que os custos para o controle da doença consumiram cerca de cinco a oito sacas de soja por hectare plantado, volume considerado elevado. Em média os agricultores da região tiveram que fazer duas aplicações.

Puxão de orelha – Mas a maior reclamação dos produtores fica por conta da atitude de colegas que optam pela redução dos custos e por isso não realizam o controle da doença, gerando a proliferação da mesma nas áreas vizinha. A falta de controle em algumas propriedades acaba fazendo com que os gastos nas áreas próximas sejam mais elevados, denuncia. Galvan também informa que a queda na produção, ainda é maior nas áreas onde o plantio da soja foi tardio, cultivado no final de novembro e no mês de dezembro. Os primeiros grãos apresentam rendimento razoável, já os últimos rendem 30 sacas/ha, ao invés de cerca de 50 sacas.