Redação (09/03/06)- Mesmo pressionadas pelos focos de febre aftosa e ameaça da gripe aviária, as exportações do complexo carnes renderam ao país US$ 559,5 milhões em fevereiro, alta de 6,1% sobre fevereiro de 2005. No topo da balança do agronegócio, as receitas do complexo somam US$ 1,19 bilhão neste primeiro bimestre, 17,5% acima sobre igual período de 2005. O Ministério da Agricultura informou que as vendas de carne bovina “in natura” cresceram 10%, passando para US$ 154 milhões, graças a um aumento de 13,7% na quantidade exportada – o preço médio da tonelada caiu 3% no mês passado. Em carne de frango “in natura”, os embarques cresceram 2,6% sobre fevereiro de 2005 por causa do aumento de 13% nos preços. Os volumes embarcados caíram 9,7%.
Somando-se as exportações de janeiro e fevereiro, o agronegócio rendeu ao país US$ 5,818 bilhões, um recorde histórico para o período e 8,5% acima do valor exportado no ano passado. Além do complexo carnes, contribuíram para o bom resultado o aumento nos embarques de papel e celulose (17%), algodão e fibras têxteis (15,9%), açúcar e álcool (13,4%) e café (10,6%). Por outro lado, as importações ganharam impulso, cresceram 22,5% em relação a 2005 e totalizaram US$ 940 milhões. O superávit de US$ 2,443 bilhões registrado em fevereiro também é considerado recorde da série histórica para meses de fevereiro, segundo o Departamento de Promoção Internacional da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio.
O bom saldo é resultado de exportações de US$ 2,887 bilhões e importações de US$ 443,6 milhões. As vendas externas superaram 3,8% as exportações de fevereiro de 2005 e as importações aumentaram 15,4%. Fumo (22,4%), papel e celulose (18,3%), couros e seus produtos (15%), café (14%), além das carnes, ajudaram no desempenho observado.(MZ)