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Mercado suinícola

<p>Preços caíram 12% em MT, mas sinalizam recuperação.</p>

Redação SI 15/12/2005 – Os preços da carne suína em Mato Grosso caíram 12% após a descoberta do foco de aftosa no Mato Grosso do Sul, mas já começaram a se recuperar com a chegada do final de ano. “Os preços recuaram, em média, de R$ 2,25/Kg para R$ 2/Kg, e agora estão em R$ 2,05”, conta o presidente da Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos do Estado), Raulino Teixeira Machado.

Segundo ele, a queda dos preços não foi motivada pela rejeição do produto, mas sim pelo “efeito psicológico” da descoberta da aftosa no Mato Grosso do Sul. O episódio teria levado os produtores a colocar um estoque maior de carne no mercado para se prevenir de uma eventual retração e, com isso, os preços caíram.

Em São Paulo, os preços chegaram a ter uma retração até 15% e, em Mato Grosso do Sul, as compras ficaram momentaneamente paralisadas. Lá o prejuízo foi maior porque os produtores foram obrigados a ficar com animais confinados por mais tempo e perderam vendas para o mercado externo.

CRESCIMENTO – Apesar destes percalços, a suinocultura brasileira deverá encerrar o ano com crescimento de 27% no volume de exportações, em relação ao ano passado. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o volume exportado saiu de 14 toneladas (t), em 1997, para aproximadamente 700 mil/t este ano, gerando uma comercialização de US$ 1,2 bilhão. Em 2004, o Brasil exportou 550 mil/t de carne suína.

O rebanho suíno nacional é de 17 milhões de animais, dos quais 1,6 milhão são matrizes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de matrizes passa de três milhões de animais, se computadas as pequenas granjas e as criações domésticas.

As estimativas da ABCS mostram que 20% da produção brasileira é destinada à exportação.