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RS deve plantar área menor com soja

<p>Milho deve ocupar área antes destinada à oleaginosa</p>

Da Redação 19/09/2005 – Os números do levantamento sobre as condições das culturas da Emater/RS-Ascar indicam que o Rio Grande do Sul deverá plantar 4.020.806 hectares com soja na safra 2005/2006. A queda em relação à safra anterior, quando foram utilizados 4,179 milhões de hectares com a cultura, é de 3,78%. A diferença de aproximadamente 158 mil hectares, em termos absolutos, é muito próxima ao avanço verificado no milho nesse ano.

Segundo os técnicos da Emater/RS-Ascar, considerando de maneira preliminar uma produtividade média de 1.901 quilos por hectare, o Rio Grande do Sul poderá obter produção total de 7.644.627 toneladas, em comparação com as 2.469.611 toneladas colhidas em 2004/2005 um aumento de 209,5%. Os números analisados levaram em conta informações de 250 municípios que compõem 70,73% do provável universo a ser cultivado.

Ao analisar as projeções, o diretor técnico da Emater/RS, Ricardo Schwarz, observou que as intenções de plantio eram esperadas por vários fatores.

A estiagem verificada neste ano apontou maiores prejuízos com a soja, grão que no período não conseguiu registrar cotações que remunerassem adequadamente os agricultores assinalou.

Schwarz frisou ainda o fato de haver a substituição natural da área da soja para a do milho, o que, no Rio Grande do Sul, especialmente para as cadeias das agroindústrias de aves e de suínos, é um fator favorável.

O levantamento aponta que a cultura do feijão encontra-se em fase de plantio em todo o Estado e já atinge cerca de 35% da área destinada. Mesmo com as intensas precipitações ocorridas nos últimos dias e que diminuíram a velocidade de semeadura, ela se apresenta com percentual cerca de 5% acima da média histórica e de 3% acima da mesma época do ano passado. Em algumas áreas onde existem lavouras que iniciaram mais cedo o seu plantio, como o Médio Alto Uruguai, elas se encontram com aproximadamente 85% já plantado. No geral o desenvolvimento da lavoura ocorre com muito bom aspecto fitossanitário, não apresentando problemas.

As grandes variações na temperatura e as chuvas, algumas vezes intensas e acompanhadas de ventos fortes e granizo, têm trazido alguns problemas aos produtores de trigo. Entretanto os danos são pontuais, como acamamento de parte das lavouras e aumento na incidência de doenças fúngicas, não havendo maiores indícios de prejuízos generalizados em âmbito estadual. No momento as lavouras se encontram com 32% plantado, 37% em germinação e 31% em floração:

A Emater revela ainda que neste momento está sendo finalizada a colheita das bergamotas de variedades de ciclo médio, como a Ponkan, com 98% das frutas colhidas, e a Pareci, já com 95%. A Pareci é do grupo das comuns, de pouco tempo de persistência na planta e conseqüentemente de pequeno período de colheita.

Encontram-se em início de colheita e comercialização os citros de ciclo tardio. Dentre as bergamotas, está sendo colhida a variedade Murcott, já com 20%, e a variedade Montenegrina, com 25% das frutas colhidas. Em relação às laranjas, estão sendo colhidas a do Céu Paulista, Umbigo Monte Parnaso e a Valência.