Redação SI 01/09/2005 – Depois de quase dois meses sem reajuste, o preço do suíno pago ao produtor catarinense voltou a reagir. Nesta semana houve um aumento de R$ 0,05, chegando a R$ 2,05 por quilo vivo, com tendência de novos aumentos.
O presidente da Cooperativa Regional Alfa (Cooperalfa) e vice-presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, acredita em um acréscimo de R$ 0,05 na próxima semana, e de mais R$ 0,05 na semana seguinte.
O presidente da Cooperalfa acredita que, ao contrário de algumas análises apontando o fenômeno como uma bolha, haverá uma estabilização de preço entre R$ 2,10 e R$ 2,20.
Lanznaster disse que, apesar do dólar baixo, a exportação está com bons números graças a agregação de valor transformando carcaças em cortes. Para ele, o atual aumento no preço do suíno é decorrência do aumento da demanda no mercado interno, que acontece tradicionalmente próximo das festas de final de ano. As redes de supermercado estão fazendo pedidos e não há excesso de oferta.
O vice-presidente a Aurora afirmou que é o momento do produtor aproveitar a melhora na remuneração para capitalização e investimentos em melhoria e adequação às exigências ambientais.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, disse que já estava na hora de uma reação no mercado. Ele espera um acréscimo na remuneração até o final do ano, mas ressalta que o produtor deve se fortalecer para enfrentar nova crise que pode ocorrer no segundo semestre de 2006, devido ao aumento da produção.
O suinocultor Edenilson Borsoi, de Cordilheira Alta, espera que o aumento seja contínuo. Ele afirmou que o preço de R$ 2 era suficiente apenas para cobrir as despesas.
Edenilson e seu irmão Vanderlei reclamaram que, no início do ano, o suíno estava a R$ 2,50. A perda de R$ 0,05 centavos representa R$ 50 a menos por suíno de 100 quilos.