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Postos de Trabalho

<p>Campo cria maior parte de vagas com carteira assinada.</p>

Da Redação 12/08/2005 – Cerca de 76 mil pessoas tiveram suas carteiras de trabalho assinadas em empresas agrícolas entre janeiro de julho deste ano. O setor foi o que mais empregou no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Foram nove mil empregos a mais que no mesmo período do ano anterior, destaca José Graziano da Silva, assessor especial da Presidência da República. Graziano destaca que o fenômeno foi disseminado por todo o país, com exceção de uma redução de 1,3 mil empregos na região Centro-Oeste sobretudo no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, fruto da seca.

Todos os outros Estados do país tiveram crescimento do emprego agropecuário com carteira assinada. Isso é a novidade. Estamos gerando mais empregos de melhor qualidade.

Graziano associou o crescimento do emprego no campo ao crescimento das exportações brasileiras de produtos agropecuários, que superaram o patamar dos R$ 4 bilhões.

Bate qualquer recorde histórico e tem reflexo importante no emprego. Não é só gerar emprego, é emprego de qualidade, num segmento que se caracteriza pela informalidade. Todo mundo sabe da figura do bóia-fria e inclusive muitos trabalhos acusados de similares com o trabalho escravo na agropecuária disse.

Segundo Graziano, para a próxima safra as previsões são otimistas.

Ao contrário do que muitos alardeavam, que o dólar baixo desestimularia as exportações, reduziria o plantio, não é isso que está se verificando.

Segundo o assessor, é a agropecuária que está puxando o crescimento do emprego de qualidade, seguida pelo comércio, com 21 mil novos empregos este ano, e pelo setor da construção civil, com 10 mil novos empregos. Para ele, isso se deve à agropecuária comercial e aos grandes proprietários de cana-de-açúcar, soja, café, algodão, em rápida expansão nos últimos anos.

A região que apresenta maior crescimento no emprego formal em relação à última safra é a Sudeste, com mais de 30 mil empregos. Além disso, a Região Nordeste apresentou crescimento de 13 mil empregos.

O Nordeste era uma região que vinha crescendo pouco nos últimos anos, em virtude de ser sistematicamente castigada pela seca. O crescimento do emprego na região se deve muito à recuperação das lavouras de cana e de algodão constatou.