Redação SI 11/08/2005 – O Estado que mais produz soja no país também está apostando na produção de suínos. Os criadores de Mato Grosso aproveitam a fartura do grão para baratear a alimentação dos animais.
Mato Grosso vê a criação de suínos despontar de forma acelerada. Esse crescimento também a influência da soja. Os animais se alimentam basicamente de farelo de soja e milho. A fartura na região reduz numa média de 15% o custo da produção.
“Dá um retorno razoável. Dá para pagar o investimento e ainda sobra alguma coisa” calculou o criador Alcindo Ruggeri.
Há três anos uma granja de Nova Mutum, a 280 quilômetros da capital, possuía 1,6 mil matrizes para a reprodução. Todos os animais vieram do Canadá. Agora, os filhos já formam um plantel de seis mil animais.
O gaúcho Pedro Ticiani é o gerente. Segundo ele, com o melhoramento genético em três anos foi possível aumentar o percentual de carne dos animais de 50% para 57%. Há leitões desmamados e que pesam seis quilos em média. A carreta leva os leitões para a fase de terminação. Em outros galpões os leitões ficam durante 40 dias, engordam 18 quilos e depois vão para os sítios dos cooperados. Antes de seguir para o frigorífico é preciso atingir o peso de 120 quilos. Os porcos permanecem nos galpões de cem a 110 dias.
“Hoje nós temos na cooperativa cerca de 500 matrizes. Na fazenda, temos quatro mil animais na engorda. Então, nosso projeto é dobrar esse número” falou o criador Alcindo Ruggeri.
Quarenta por cento da produção de carne da região de Nova Mutum é destinada à exportação.