Da Redação 09/08/2005 – Agricultores e produtores de sementes gaúchos ratificaram a posição pela não cobrança antecipada de royalties na venda de semente de soja transgênica. A intenção é que o pagamento pelo uso da tecnologia pelos produtores continue ocorrendo no final da colheita, como na safra passada. Reunidos ontem à noite na Farsul, representantes de Fecoagro, Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do RS (Apassul) e Associação dos Cerealistas do RS fecharam questão e, imediatamente, comunicaram a decisão à Monsanto. “Não somos contra a cobrança de royalties, mas entendemos que o pagamento deve ser feito após a colheita. O momento é complicado, os produtores estão descapitalizados por causa da frustração de safra”, explica o presidente da Apassul, Narciso Barison.
O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, reforça que o objetivo é que seja cumprido o acordo feito entre a multinacional e os produtores, em 2004, de que a cobrança em 2005, no percentual de até 2%, seria realizada na entrega da soja. A Monsanto está fixando em R$ 0,88 o valor por quilo.
Em nota, a empresa informou que “a opção por usar ou não a tecnologia Roundup Ready é de cada multiplicador e a cobrança da taxa na venda de sementes é um direito da detentora da patente, assim como a cobrança de indenização pelo uso não autorizado da tecnologia no caso das sementes não certificadas”. Os produtores apostam em novas negociações na busca do consenso.