Redação SI (Edição 184/2005) – O número de registros genealógicos de suínos emitidos no Brasil voltou a crescer em 2004. Depois de sofrer uma forte retração no ano passado, em virtude do ajuste do plantel brasileiro realizado em 2002, o número de registros fechou o ano de 2004 apresentando expressiva recuperação. Segundo dados do Serviço de Registro Genealógico de Suínos do Brasil (SRGS/BR), órgão vinculado à Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), 158 mil registros foram realizados em todo o País ao longo de 2004, entre Puros de Origem (PO), Puros Sintéticos (PS) e Cruzados (F1). Esse número representa um incremento de 15% quando comparado aos resultados obtidos em 2003, período em que foi anotado o registro de aproximadamente 150 mil suínos. “O resultado satisfatório deste ano já era esperado pelos suinocultores”, afirma Walmir Costa da Rosa, superintendente do SRGS/BR. “Em 2004, houve uma ligeira recuperação dos preços pagos aos produtores, outros segmentos do nosso negócio também evoluíram, como é o caso das exportações, do consumo interno e da reposição natural dos plantéis, portanto, essa recuperação já era esperada”, conclui.
A exemplo dos anos anteriores, Santa Catarina encerrou o ano de 2004 com o maior número de registros emitidos, 27,96% do total. Em seguida vieram Minas Gerais, com 22,62%, Paraná com 18,65%, Goiás com 15,91% e os estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo com 14,86% cada um.
Puros, sintéticos e cruzados
Dentre as raças puras, a Large White é, pelo nono ano consecutivo, a mais registrada e utilizada pelos criadores nos cruzamentos industriais com 51%, seguida pela Landrace (34%), Pietran (11%) e Duroc, Moura e Hampshire (4%). Entretanto, o maior mercado continua a ser o do Cruzado que atualmente representa 70% dos suínos registrados pela ABCS. Costa da Rosa argumenta que a preferência pelo Cruzado se deve principalmente por sua eficiência econômica e técnica. “O Cruzado é mais precoce, apresenta uma melhor conversão alimentar, é mais prolífero e apresenta um maior vigor híbrido, o que lhe permite imprimir uma performance produtiva maior que os puros, entre outros atributos”, explica o superintendente da SRGS/BR.
Já a comercialização de suínos Puros Sintéticos (PS), avalia Costa da Rosa, apresentou um desempenho satisfatório no ano passado, mas inferior ao verificado nos PO e F1. “Em 2004 houve um aumento no número de animais registrados na ordem de 6%, embora o potencial seja bem maior”, afirma.
As perspectivas para este ano são animadoras. Para Costa da Rosa, 2005 deverá apresentar um novo aumento no número de registros emitidos, porém, num ritmo menor do que o verificado no ano passado. “As perspectivas do setor de Registro Genealógico para 2005 são de que continuemos em alta, mas em percentuais menores que os apresentados em 2004, algo em torno de 5% a 10%, uma vez que ainda há espaço no mercado para completarmos a reposição de reprodutores e de um pequeno incremento”, avalia o superintendente da SRGS/BR.