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Apesar da seca, plantio

<p>O milho safrinha é a cultura preferida dos produtores de Mato Grosso do Sul para o outono/inverno. Mas a seca que atrapalhou a produção de soja no Estado também ameaça a safra que está sendo plantada.</p>

Da Redação 15/03/2005 – É no milho que os produtores de Mato Grosso do Sul apostam para reverter os prejuízos da soja, que acaba de ser colhida. A cultura é a preferida para safra outono/inverno. Mas o produtor Higino Banhara está atrasado com o plantio. Estava a espera da chuva que até agora não veio. Mesmo assim, resolveu arriscar.

“Pode até chover daqui uns três ou quatro dias, mas o negócio está feio. A gente está arriscando porque está devendo e tem que pagar” justificou Banharo.

Em uma lavoura da região com mais de 30 dias a planta, que deveria estar com quase um metro de altura, não passa de 30 centímetros por causa da seca.

As fileiras não se formam como deveriam. No meio dos torrões de terra, as plantas morrem por falta de água. Há mais de 30 dias não chove com regularidade na maior região produtora do Estado.

O técnico da Embrapa Euclides Maranho afirmou que o atraso no desenvolvimento significa riscos de geadas e estiagens no final do ciclo.

“Porque, de fato, as lavouras plantadas e germinadas a partir do dia 10 de março, estão fora da data limite, indicada para a semeadura do milho safrinha da nossa região de Dourados” explicou Maranho.

Mato Grosso do Sul deve cultivar 350 mil hectares na safra que está sendo plantada. É uma área 30% menor do que a do ano passado.